domingo, 11 de novembro de 2012

[REGIÃO SUDESTE] Moqueca Capixaba



Tradicional, a moqueca capixaba tem origem indígena, e até o século XIX era considerada a comida típica de comunidades ribeirinhas. Hoje, o prato tem diferentes versões e está no cardápio de grande parte dos restaurantes locais, podendo ser feito com vários tipos de peixes, dependendo do gosto e do bolso. Dourado e badejo são os preferidos, mas o cação – geralmente mais em conta – também rende uma saborosa receita. O importante é usar sempre peixe fresco. 

Outro item que faz parte da cultura da moqueca é a panela de barro, também típica do Espírito Santo. Produzida com esmero pelas conhecidas paneleiras de Goiabeiras, a panela demora mais para esquentar, mas conserva o calor como pouco e mantém a temperatura mesmo depois de quase 1h longe do fogão. A panela de barro é um item obrigatório da culinária capixaba e era um hábito indígena. Os Índios achavam que o acessório era tão importante quanto os ingredientes.A fartura de pescados no Litoral Capixaba e a consequente tradição para a pesca rendem pratos recheados de frutos do mar.Em algumas Receitas de pratos típicos do Espírito Santo são encontrados, o palmito, o urucum, a farinha de mandioca para o pirão 

A Moqueca capixaba difere da Moqueca baiana por não utilizar o leite-de-coco e azeite de dendê. Também não se coloca ÁGUA. Os temperos colocados em grande quantidade (principalmente tomate e cebola) fornecem água suficiente para o preparo. 

A primeira menção da muqueca num documento histórico foi numa carta do padre Jesuíta português, Luís Da Grã, datada de 1554, onde ele afirma que "quando se dispunham a comer carne humana, os índios assavam-na na labareda", isto é, no moquem. Em 1584, outro padre, Fernão de Cardim, comenta que eram moqueados peixes, batata, mangará, entre outros alimentos. 



Ingredientes (para 4 pessoas) 

  • 1 kg de peixe fresco (badejo, robalo 
  • 1 cebola picada 
  • 3 colheres (sopa) de suco de limão 
  • 3 colheres de sopa de tintura de urucum 
  • 2 maços de coentro picado 
  • 1 maço de cebolinha verde 
  • 4 tomates maduros picados 
  • 3 colheres (sopa) azeite 
  • Sal 

Preparo 

Limpe bem o peixe, corte-o em postas e deixe-o em uma vasilha com sal e suco de um limão. Conserve assim pelo menos por uma hora. Separe a cabeça para o pirão. 

Utilizando uma panela de barro, coloque: urucum, azeite, cebola, coentro (tudo bem picadinho) e tomate e refogue. 

Em seguida, arrume as postas do peixe uma do lado da outra, sem sobrepor. Não adicione água ou sal. 

Cozinhe em fogo brando e, quando abrir fervura, coloque umas poucas gotas de limão. Não espere ferver, caso contrário o peixe endurece. Tampe. 

Espere uns dez minutos e experimente o sal. Cubra com coentro picado. 

Tire do fogo e sirva na própria panela, acompanhada de arroz branco, pirão de peixe e molho de pimenta. 

A dica para quem não tiver tintura de urucum é usar colorau em pó em substituição. E pra quem gosta de alho no tempero, fique à vontade. A receita tradicional permite.

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