A região do Nordeste brasileiro é rica em todos os sentidos. Costumes, culinária e paisagens garantem à região um leque multicultural de se invejar. O Nordeste foi o berço da colonização deste país e, por isso, preserva tradições oriundas desse período, como o preparo de doces que tem como base o açúcar extraído da cana-de-açúcar, amplamente utilizado até os dias de hoje.
Não é fácil entender o processo de construção da cultura nordestina, no entanto, se há uma ferramenta eficaz nesse aprendizado, esta ferramenta é a gastronomia. O estudo dessa ciência, se assim pudermos defini-la, revela ao estudioso mais do que se possa imaginar. É na análise dos hábitos alimentares de uma população, que se pode entender os costumes e formação da mesma.
O Nordeste do Brasil abrange o maior número de estados por região: são nove ao total. Os estados apresentam gastronomias próprias, mas que se entrelaçam muitas vezes, por terem sido resultado de um processo de desenvolvimento cultural e histórico parecido.
A região mais arretada do país, também conta com diferentes características físicas, que influenciam bastante no que se tem a mesa das famílias nordestinas. Presenteado com um litoral imenso, e um dos mais bonitos, diga-se de passagem, o uso de pescados, nessas áreas, se faz muito presente. Os interioranos, contam mais com a carne vermelha bovina, caprina e ovina, além dos tradicionais queijos coalho e manteiga, da charque, da manteiga de garrafa, entre outros.
Quando ainda era centro financeiro do país, o Nordeste contribuiu demasiadamente para a formação da gastronomia típica brasileira. Como falar de gastronomia brasileira e não se lembrar do acarajé baiano, da galinha a cabidela pernambucana, das frutas que embelezam as praias de Alagoas e da Paraíba, como o caju, dos bolos desenvolvidos pelas senhoras portuguesas, ainda no período colonial, Souza Leão, Pé-de-moleque, Bolo-de-rolo, das delícias de milho feitas no Ceará, como o mugunzá e a canjica, do Açaí, ou melhor, da Juçara tão apreciada no Maranhão, entre outras riquezas culinárias.
O Nordeste brasileiro tem em sua história marcas não tão felizes, como a desigualdade social e a seca castigadora, que contribuem para índices assustadores de desenvolvimento humano: alguns têm muito, outros não têm quase nada. Contudo, esse cenário está se modificando e o Nordeste começa a crescer não só economicamente, mas socialmente também.
É preciso valorizar de forma mais incisiva a culinária que transborda nesta região, seus estados e suas capitais. Seremos mais capazes de ganhar nosso espaço, quando entendermos o significado da gastronomia em nossas vidas, que é, acima de tudo, uma parte da nossa identidade cultural e histórica.
Entre comidas e festas típicas como o São João e o Carnaval, o Nordeste carrega consigo e com seu povo uma pluralidade étnica, social, cultural e gastronômica que enche os nordestinos de orgulho e os turistas de encanto. Venha deliciar-se e aprender conosco!
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